Porcelana Delft: A típica porcelana holandesa

A Holanda é lembrada por causa das tulipas, moinhos de vento e principalmente porcelanas. O país também conserva viva uma arte muito antiga e enraizada de peças de cerâmica vidradas, muito parecidas com a porcelana, pintadas delicadamente à mão. A porcelana Delft é um símbolo de orgulho nacional para os holandeses e é possível acompanhar 400 anos da história da Holanda através do desenvolvimento destas peças de cerâmica ao longo dos séculos XVII (chamada idade do ouro), XVII e XIX, até os dias de hoje. Juntamente com pintores famosos, como Rembrandt e Vermeer, a porcelana de Delft antiga é um símbolo da arte holandesa extremamente valorizado internacionalmente. Por isso, trouxemos alguns fatos que você precisa saber sobre estas porcelanas.

1 – Primórdios: inspiração chinesa

A tradição iniciou há quase 400 anos enquanto tentavam copiar as porcelanas chinesas em evidência no início do século XVII. A China enfrentava uma guerra civil e a Holanda passou a fabricar suas próprias peças com recursos e técnicas diferentes, ganhando notoriedade mundial. Inicialmente, as produções de cerâmica holandesas também só usavam a cor azul. Na China, elas retratavam, sua cultura oriental nas porcelanas com a pintura relacionada ao Budismo. Já na Holanda, as fábricas alteraram os temas para a cultura local, como a pintura de moinhos, campos e natureza em geral. Com matérias-primas diferentes, formatos e motivos distintos, a porcelana holandesa acabava por criar seu estilo próprio e ganhar o mercado. As peças passaram a ganhar valor e eram encontradas apenas na casa de famílias abastadas.

Tigela Tulipa – Janny Van der Heijden

2 – Nem sempre tão azul

Originalmente a tinta era de preta, e apenas depois de ir para o forno que a pintura ganha o aspecto tão famoso do azul. O calor desencadeia um processo químico que altera sua cor. Não demorou muito tempo até estas experiências levarem os oleiros a experimentar uma variada gama de cores nas suas criações. A técnica de baixo esmalte foi utilizada para ser possível obter diferentes tonalidades e efeitos. O vermelho era uma cor particularmente difícil de fabricar, era deixado um espaço em branco, por pintar, durante a primeira cozedura da cerâmica e o vermelho era aplicado posteriormente e cozido a uma baixa temperatura. Da mesma forma, os dourados podiam ser encontrados nos exemplares mais requintados e exigiam uma cozedura adicional. 

Photo by Natasha Ong

3 – Origem do nome

O aumento da procura foi tanto que as fábricas se espalharam pela Holanda. Só na cidade de Delft, existiram 33 olarias de produção artesanal. Por isso, as peças desse estilo são conhecidas até hoje por “porcelana de Delft”. Após 4 séculos, as fábricas foram se modernizando enquanto apenas uma, em Delft, ainda funciona de maneira tradicional: a Royal Delft. Ela mantém todo o rigor de confecção da porcelana, desde a concepção dos moldes, o cozimento e a pintura. Todo o processo é aberto ao público, principalmente ao turismo, que tem contato com a cultura da Holanda por meio das porcelanas.

4 – Fabricado para a Majestade

Depois de casar com o holandês Guilherme de Orange (futuro Guilherme III), a rainha Maria II de Inglaterra chegou a Haia em 1677. Rapidamente se apaixonou pela porcelana oriental holandesa e encomendou inúmeros vasos e recipientes para os seus palácios holandeses de Honselaarsdijk e Het Loo e para a sua casa inglesa em Hampton Court. As peças mais famosas da sua coleção eram as “jarras de flores” (também conhecidas por “jarras de tulipas”), que eram empilhadas até uma altura considerável e formavam torres impressionantes. A rainha Maria era uma grande apreciadora de flores e fez muito para divulgar este tipo de jarras entre a nobreza inglesa e holandesa.

5 – Possui imitações

Foi o orgulho nacional holandês no final do século XIX que suscitou o interesse dos acadêmicos pela porcelana de Delft mais antiga. Isto levou ao renascimento da popularidade da porcelana de Delft e não demorou muito tempo até que oleiros contemporâneos, como Boch Keramis na Bélgica e Samson em Paris, começassem a produzir réplicas que se assemelhavam muito à porcelana original. Estas reproduções também foram assinadas com marcas antigas e, como foram produzidas apenas 100 anos após a era original, é por vezes difícil distingui-las das peças originais. É preciso ter um olho apurado, de especialista.

açucareiro em porcelana Pip Studio
Açucareiro Royal – Pip Studio

Marcas Holandesas

A fama das porcelanas fez a Holanda exportar esse produto para muitos países e criar propostas bem arrojadas, como a Pip Studio, fundada por Anke van der Endt em 2007. A empresa é conhecida internacionalmente pela ousadia de misturar estampas delicadas e texturas charmosas. 

Royal White – Pip Studio
Bule em porcelana Pip Studio
Bule Ornament – Pip Studio

Outra marca que retrata bem o estilo holandês, é a linha assinada por Janny Van der Heijden. Janny é uma celebridade holandesa ligada ao universo da gastronomia. Já escreveu dezenas de livros, foi editora-chefe de uma revista de culinária, entre outros feitos. Há anos, Janny coleciona jogos de jantar em porcelana e sua paixão agora está se tornando um sonho: o lançamento da sua própria linha de porcelanas, chamada Sharing Moments. Com traços tradicionais misturados com um design moderno, a linha equilibra os formatos modernos com as cores clássicas do branco e azul de Deft.

Mesa porcelana holandesa.
Linha Sharing Moments – Janny Van Der Heijden

Sabe o que é melhor de tudo? Estas duas marcas você encontra na LCL Home! Acompanhe a LCL Home nas redes sociais

Post criado 27

Um comentário sobre “Porcelana Delft: A típica porcelana holandesa

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Comece a digitar sua pesquisa acima e pressione Enter para pesquisar. Pressione ESC para cancelar.

De volta ao topo